quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Esse dia escuro

           Estou eu no tédio, aqui em Nova Santa Rita, uma praia um tanto deserta, mas o que tem de deserta, há há há, tem de encantadora. Nenhuma praia vai lhe permitir ver o por do sol limpo, em pleno camarote. Pois na maioria das praias, com mais pessoas, o lugar é mais povoado e com mais casas, impossibilitando de alguns detalhes importantes serem vistos. O por do sol é mais poluído, pode se notar uma faixa acinzentada nascendo nos extremos do sol, quando ele começa a se por. Mas aqui não... Nenhuma praia tem essa calmaria de um campo, essa brisa tão pura e esse silêncio que nos faz meditar... Então, como sou uma pessoa elétrica e que não gosta de desperdiçar tempo, tratei de arrumar uma coisa pra escrever. E achei. Estava no meio do meu caderno a letra impressa de música, This Dark Day, dos meus caríssimos 12 Stones. Decidi desmanchá-la e estudá-la a fundo com vocês.
         “I’m flushing down pills, I’m lost in my will and this has been haunting me way too long! I can’t rewind, I’m suffering kind! I’ve been abusing way too long I’m broken, suffocating…”. Esse trecho passa a ideia de uma pessoa sufocada nos seus problemas, nos seus pensamentos negativos, que sempre ajudam a piorar a situação. Que não consegue voltar atrás, que abusou da bondade do tempo, está quebrado, sufocado, sofrendo, perdido. Arrependimento de trás para frente. “I’ll close my eyes and I’ll drift away, I’ll make it through my darkest day, and I’ll sing this song at the top of my lungs, until this dark day is done!”. Quer um dia melhor, fecha seus olhos e deseja estar em outro lugar ou viver uma situação melhor que a sua, que fuja da sua realidade, que vai fazer isso enquanto estiver vivendo esse pesadelo, no qual Paul chama de “dia escuro”, o que o dito cujo não deixa de ser em hipótese alguma. Vai lutar até que isso acabe, vai cantar até que se esgote, até ver que o pesadelo acabou ou que não dá mais para prosseguir... “Now I am trapped in the way of all my mistakes, I’ve been under for way too long! I’ll sit in my shame, my hearts starts to race and the poison lingers in my veins I’m broken, suffocating!” Nesse trecho, a história já começa a ficar mais “light”. Para pra sentar e repensar na vida. Passou pelos seus erros, percorreu o caminho dos seus erros, caçou no mesmo caminho dos seus erros, e viu que a estrada não era nem um pouco fácil, reta ou compreensível.  Se acomodou na sua vergonha, arrependido de cada erro cometido, apenas não se lembrando que é humano e tem o direito de errar sempre que for preciso, mas sempre aprender a não repetir o erro... A culpa é um veneno letal, que se correr nas veias por muito tempo, pode transformar a mais pacífica e exemplar das pessoas, numa “kill machine”, ou melhor, em um “Hannibal Lectar” da vida. Culpa corrói. Está sufocado, sofrendo, quebrado. “You said I’ll never change, you said I never had the strength to break away, but now I’ve changed, it’s time to take the pain and walk away!” Amém! A escolha não foi dele, foi de Deus, o pesadelo acabou. Perguntava e dizia ao Criador, seu amigo íntimo e consolador de mágoas “Você disse que eu não iria mudar?!”, com os sentimentos confundidos, em suas dúvidas, ouviu o inimigo, e também em sua audácia lhe perguntou “Você disse que eu não teria resistência para seguir em frente?” Mágoas lhe surgiram em forma de lágrimas em seus olhos, como imagino que deve ter se passado o momento. Mas se convenceu de Deus sabe que ele tem resistência, e nunca disse que ele não mudaria, e sim “eu agora mudei, é hora de pegar a dor e ir embora!” e esse é praticamente o desfecho do pesadelo, do dia escuro! “I’ll open my eyes and I’ll stay awake, I made it through my darkest day! And I’ll sing this song at the top of my lungs, now that this dark day is done!” Abriu seus olhos, porque a ilusão já não os cobria mais, já estava pronto para ver a realidade, e viu que permaneceu acordado, vivo, intacto a mais esse abalo, e se orgulha, fez isso dentro desses dias escuros, desses pesadelos, e assim, conseguiu se vir livre deles. E agora, vai cantar com toda a sua força, que esse dia escuro ACABOU!
         Essa letra não tem uma moral certa, apenas leia, e pense, medite que cada pessoa, pode superar seus problemas apenas com fé e força de vontade. Força de vontade, a palavra chave para você se ver livre dos seus dias escuros.


O fim que originou um novo começo

Dia 24 de março, completará um ano que sou fã de 12 Stones. Fã mesmo, adrenalina no sangue! Pois conheço a banda desde 2009 e tinha suas músicas no meu computador, mas nunca tinha escutado. Até que eu decidi que não deveria ficar “em cima do muro”, se estou numa religião e se amo o meu Deus, tenho que estar por completa, e não só a metade, se não, não vale o esforço. Só vale o esforço se eu quiser pegar o espírito da coisa. E eu sempre gostei de rock, mas depois do nascimento do meu irmão, meu gosto musical mudou muito (sei que os fatos não têm muito a ver um com o outro, mas eles se ligam, e um antecede o outro, não sei por quê), e tive aquela minha época metaleira, só escutando Pantera e Gun’s N’ Roses, banda que eu escuto desde os meus seis anos! Tive a minha fase hippie, na qual dizia que tinha que ter nascido em 69 para ver o festival Woodstock... E depois, tive uma fase “emo”, da qual quando me recordo me rende boas risadas. Sabem aquela banda que não te acrescenta nada, só rouba teu dinheiro, teu tempo e ainda ocupa um espaço do cérebro que não terá mais volta? Pois é, é nisso que eu descrevo ATUALMENTE a banda de “rock” Tokio Hotel. – Por favor, se alguém vier com comentários me dizendo que sou preconceituosa, pelas aspas no rock, ou os fãs me xingarem, não percam seu tempo. Vão fazer algo de proveitoso! – Eu não me arrependo de ter passado por essa fase, pois ao mesmo tempo em que eu perdi uma parte do meu tempo e também do meu dinheiro, eu estava absorvendo do meu mais íntimo a busca que eu sempre fiz pela banda perfeita, que eu achava que estava suprindo com Tokio Hotel, mas me vi enganada. Arrependo-me somente de ter dito algumas, somente isso. Até que eu estava passeando pela blogosfera, e achei a letra de uma música deles, da qual eu não me recordo o nome, que repetia seis vezes seguidas “We don’t need your salvation!”. De soslaio olhei para o pôster deles que me encarava, e pensei: - Que apelo do fundo da alma de vocês este, hein? Sim, foi o que EU deduzi, um apelo do fundo da alma por salvação e por um deus que curasse as SUAS PRÓPRIAS necessidades. Estavam tão absortos em seus pensamentos egoístas, em tomar remédios ou apenas fazer mais sucesso, que não tiveram tempo para ouvir a voz de Deus. A partir disso, começou a surgir a repulsa pela banda e principalmente pelas músicas e atitudes dos membros. Como alguém pode ser um exemplo para o seu fã (porque um artista que se presa se preocupa com a influência que causa sobre os seus fãs, principalmente os mais jovens), tomando uma OVERDOSE DE VIAGRA? Não sendo preconceituosa, mas sendo realista, diz ser aliado da PETA (programa de proteção e defensão aos animais), mas não garante que sua roupa de pele não seja sintética, que acorda em plena manhã e coloca LÂMPADAS no seu cabelo (querendo ser garoto-propaganda da Philips, só pode), e sendo tão preocupado com a sua aparência, a ponto de ser anoréxico? E nessa mesma noite, resolvi apenas gostar de músicas que traduzem o que sinto e que se encaixam no que eu penso, e com cantores que não passem uma má influência para mim. Claro, não são perfeitos, podem usar drogas? Claro, não conheço um famoso que não tenha experimentado (não que não exista). Mas tudo tem seus direitos.
E passados alguns meses, chegando março de 2011, escutei Adrenaline, minha música preferida. Sim, me apaixonei, pois ela me completou, tanto na voz do cantor, quanto no arranjo e na percussão. Chegando da escola, fui voando para o computador pesquisar sobre a vida desses tais 12 Stones, ver vídeos, músicas e tratar de me lembrei onde achei a referência da banda. Pronto, de quebra comecei a admirá-los cada vez mais, e hoje, com a audácia de me auto proclamar uma grande admiradora, e mais do que isso, fã. Você, que me conhece, que já ouviu essa história umas trezentas e cinqüenta e nove vezes, sabe que sou fã mesmo. E além de todos esses atributos, de a música soar suavemente aos meus ouvidos (algo meio controverso ao estilo de música, mas só quem é fã entende), me ensinar valores, os membros serem pessoas que, apesar dos defeitos e muitos problemas, os enfrentaram e estão hoje de pé, para contar a sua história, serem muito receptivos com os seus fãs, eles compartilham não a mesma religião, mas a mesma fé: em Jesus Cristo, e no nosso Deus. Crendo que Ele sempre vai te ajudar a superar seus problemas, e que sempre “the only easy day was yesterday...”